Ao guardar meu título após o voto de domingo, reparei na data de expedição: 30 de outubro de 1997.
Lembro que, mal fiz 16 anos, em 15 de outubro de 1997, eu já quis ir correndo fazer o título, mesmo que a próxima eleição só fosse acontecer quase um ano depois. Os meus colegas de aula à época, em sua maioria, não estavam nem aí para os 16 anos e o direito ao voto, o que eles queriam mesmo eram os 18 e a carteira de motorista. Já eu, ao ter meu título em mãos, passei a exibi-lo, orgulhoso de “ser um cidadão”.
Hoje em dia, vemos isso em propagandas da Justiça Eleitoral que tentam convencer o jovem de 16 e 17 anos a votar. Impossível não sentir certa tristeza ao constatar, 11 anos depois de “me tornar cidadão”, que cada vez menos gente sente interesse por política. Não necessariamente política partidária e eleitoral, mas também a discussão sobre o futuro do país, do Estado, da cidade. Enfim, se preocupar com questões que digam respeito à coletividade ao invés de olhar só para o próprio umbigo. Isso também é política.
Rodrigo,
Quando eu votei pela 1ª vez aos 16 anos, mesmo meus colegas mais burgueses e direitosos no IPA TODOS, SEM EXCEÇÃO, votaram.
Meus amigos da rua Germano Petersen Jr. e da Marquês do Pombal, idem.
Mas é como eu digo: o espaço público é o espaço midiático e é preciso reunir as pessoas a partir das tecnologias da informação e da comunicação. E, como vimos ontem de acordo com aquela demência toda na Câmara, a política partidária não vale mais absolutamente nada.
[]’s,
Hélio
Oi Rodrigo, estou realizando uma pesquisa acadêmica. Poderia me passar o seu e-mail p/ contato?
obrigada
Pois é, Rodrigo… Mal sabia tu que teus colegas estavam certos…
Abraço!
Hélio,
Lembro que em 1998, quando votei pela primeira vez, parte da minha turma não votou, mas porque ainda não tinham completado 16 anos. Lembro que, dos que completaram 16 anos até então, a maioria votou.
Abraços