Ideia genial de dois bares em São Paulo: adicionar à conta dos clientes todas as possíveis despesas proporcionadas pelo fato de saírem dali dirigindo após consumirem bebidas alcóolicas. Já que a morte em um acidente parece não assustar, é preciso “doer no bolso”. Como disse o Hélio Paz, “esta é a linguagem ideal para se atingir uma juventude consumista e individualista”.
Voltar de táxi sai muito mais barato. E permite tomar aquela cerveja gelada sem preocupações.
A iniciativa é interessantíssima, quem sabe não acordasse um pouco o pessoal que insiste em se expor e expor os outros por idiotice. O que me dá mais raiva é que quem morre, dificilmente, é o motorista. Normalmente, é um inocente que teve o azar de ser vítima de uma irresponsabilidade – mais uma das que acontecem cotidianamente -.
Realmente, o pior de tudo é isso, alguém que nem bebeu e é vítima da irresponsabilidade de um pinguço dirigindo outro carro (quando o cara não toma nada mas vê que o amigo está bêbado e ainda assim o deixa dirigir, é também irresponsável).
Aliás, ontem eu comentava com o meu pai: é difícil alguém não saber de pelo menos um conhecido vítima de acidentes de carro – fatais ou não. Um cara que foi meu colega no colégio morreu cinco anos atrás, dessa forma que descrevi: não tinha tomado nada, mas o motorista sim…
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