Há pouco mais de um mês, fiz um breve comentário sobre a atual praga moda da classe média motorizada: os “adesivos família”. O sujeito compra os adesivinhos e cola na traseira do automóvel, cada um deles simbolizando um membro da família – tem até cachorro e gato. E está cada vez mais comum ver carros com esses adesivos toscos colados na traseira.
Quando comentei com o meu pai sobre essa tosqueira, ele contou que muitos anos atrás a “moda” era umas mãozinhas abertas, que eram presas na lateral dos carros através de uma espécie de mola, e que com o movimento do carro ela se mexia, “abanando” para os demais motoristas.
Mas, como não falar de idiotices também em outros aspectos, principalmente no vestuário? Lembram dos anos 80, as famosas “ombreiras”? Hoje achamos ridículo, mas naquela época era moda!!!
Na música, também vemos muito lixo virar moda. Principalmente no verão: as músicas mais tocadas nessa época dificilmente chegam à primavera seguinte fazendo o mesmo “sucesso”. Mas a boiada galera, claro, vai atrás, e ouve o que a rádio toca. Afinal, é o que “todo mundo ouve”.
Segue por aí: frequentam o restaurante “ao qual todo mundo vai”; vão sempre para o mesmo lugar (ou seja, alguma praia “da moda”) em todos os verões, “porque todo mundo vai”… Essa última me faz pensar que, se um dia eu convencer esse pessoal que a moda é “ir à merda”, eles certamente irão!
E qual é a lógica dessas modas passageiras? É aquilo do que falei semana passada: a obsolescência programada.