Nas urnas, quem ganhou foi a chapa 1 (Renova Tricolor), com 2.327 votos (50,42%) que lhe renderam a totalidade das cadeiras do Conselho Deliberativo que estavam em disputa. Graças à absurda cláusula de barreira de 30%, que fez as chapas 2 (Dá-lhe Grêmio) e 3 (Terceira Via) ficarem sem representação, mesmo que tenham feito votação que não pode ser ignorada – 1.159 (25,11%) e 1.129 (24,46%), respectivamente.
Mas no coração, sem dúvida alguma a vitória é da Terceira Via. Que, mesmo sendo integrada por gente “inexperiente”* e com muito menos gastos de campanha, recebeu apenas 30 votos a menos que uma chapa formada por conselheiros tradicionais: isso é algo realmente histórico. E que ao final lembrou do que une os corações das mais diversas chapas: o Grêmio.
E como bem disse o Hélio Paz (que concorreu pela chapa Dá-lhe Grêmio), será por conta da Terceira Via, do que ela simboliza (ou seja, o anseio do torcedor em ser ouvido), que o Grêmio melhorará institucionalmente.
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* Para dizer que os integrantes da Terceira Via são “inexperientes” e “não conhecem o Grêmio”, é preciso ignorar a presença em sua nominata de gremistas como Eraldo Türck, pai do Guga e sócio do Tricolor desde que chegou a Porto Alegre, em 1968.