Quinta-feira, o Conselho Deliberativo do Grêmio decidiu por não desarquivar o processo de expulsão do ex-presidente do clube José Alberto Guerreiro do quadro de conselheiros. A justificativa é de que, quando do arquivamento em agosto de 2007, Guerreiro não havia sido condenado judicialmente pelo crime pelo qual era acusado (estelionato). A reabertura do processo estava condicionada à sentença condenatória.
Pois Guerreiro foi condenado, em outubro de 2007 (ou seja, dois meses após o arquivamento). Só que o crime prescreveu… E a partir disso, 101 conselheiros do Grêmio entenderam que o ex-presidente tornou-se “inocente” e decidiram não reabrir o processo. Estes 101 não correspondem sequer a um terço do Conselho (formado por 315 integrantes), mas acabaram sendo vitoriosos devido à omissão de 138 que não compareceram à reunião. Isso mesmo: o número de ausentes superou o de votantes pela manutenção do arquivamento! (A lista com o voto de cada um está aqui.)
Com essa, o Conselho simplesmente declarou, simbolicamente, sua aprovação a tudo o que aconteceu com o Grêmio nos últimos 10 anos.
Vou confessar que está cada vez mais doloroso entregar, todo mês, meu dinheiro para o Grêmio aprontar dessas com a torcida. Mais do que os resultados de campo, é o lado de fora dele que me faz pensar que, com o que pago ao clube mensalmente, em um ano eu teria uma viagem aérea de ida – talvez até mesmo de ida e volta. Dependendo do destino, sobraria dinheiro.
Ainda não cheguei a este ponto, pois já paguei a mensalidade de setembro e pretendo ir ao jogo amanhã (desde maio não vou ao Olímpico, por fatores os mais diversos possíveis). Mas o Grêmio tem sido desalentador nos últimos tempos.