“Oi, sumido”

Passei um bom tempo (mais precisamente, dois meses e cinco dias) sem aparecer por aqui, e a meia dúzia de pessoas que ainda lê este blog deve ter pensado que ele tinha acabado de novo. Mas está tudo dentro do previsto: ao retomar o Cão Uivador, avisei que não pretendia voltar a ter o mesmo ritmo de 2007-2014.

Nesse meio tempo, fiz um concurso e fracassei de maneira ÉPICA. Precisava acertar pelo menos 70% das questões, mas o índice foi de pouco mais de 50%. Só não considero fiasco pois confesso que estudei bem menos do que deveria.

Já o Grêmio, meus amigos… Esse anda passando bem longe dos fracassos. Não só ganha, como dá show. Ano passado achava que era cedo, mas agora já não tenho medo de dizer que nunca tive tanto prazer em ver meu time jogar como nessa era dourada iniciada em 2016 e que, espero, ainda esteja bem longe do fim.

Mas justamente hoje faleceu o maior símbolo das vitórias gremistas: o ex-presidente Fábio Koff. Em sua primeira gestão, levou o Grêmio à sua maior conquista, o Mundial de Clubes em 1983. Já a segunda passagem começou 10 anos depois em um contexto bem diferente: saindo da segunda divisão e com pouco dinheiro em caixa. E ainda assim, Koff só faltou fazer chover: montou um time barato mas muito qualificado em 1995, que nos levou a ganhar mais uma Libertadores. A última (2013-2014) não teve título algum mas foi também importantíssima: renegociou o contrato da Arena, cuja versão firmada durante a gestão anterior, de Paulo Odone, era péssima para o Grêmio; ao decidir não concorrer à reeleição, Koff indicou como seu sucessor Romildo Bolzan Júnior, que foi eleito e levou nosso Tricolor à atual era dourada.


Nestes dois meses que passaram, tive um período de 15 dias em férias, na segunda quinzena de março. Era saldo do ano passado. No começo de julho desfrutarei de 12 dos 30 dias cujo direito adquiri no começo de 2018. Poderia deixar o restante para tirar no verão de 2019, mas serei obrigado a usá-los para manter minha sanidade mental na época da campanha eleitoral: se já é complicado conviver com colegas de extrema-direita agora, imagina ali por setembro e outubro…

Minha única dúvida diz respeito ao período: fim de setembro e começo de outubro (quando acontece o primeiro turno) ou segunda quinzena de outubro, para escapar do segundo turno e da semana imediatamente posterior? Pois quero acreditar que certo candidato que só fala merda e pouco trabalha (e cujo nome não mencionarei para que as buscas do Google não tragam seus descerebrados eleitores para cá) não ficará acima do terceiro lugar. O problema é que ando cada vez mais pessimista.

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O blog não acabou de novo

Sim, meio que “deixei de lado” o Cão nas últimas semanas. Mas não foi de propósito. Às vezes simplesmente me esqueço de vir aqui.

A verdade é que ao longo do mês de março – e também no começo de abril – pretendo ficar um pouco mais afastado não simplesmente do blog, como também das mídias sociais, devido à preparação para um concurso. Ainda que eu não tenha lá muita esperança de ficar bem classificado, também não dá para desistir.

Fato importante deste março que se inicia, porém, não deve ser esquecido. No final de setembro de 2015, embarquei em um ônibus à meia-noite em Ijuí, vindo às pressas para Porto Alegre, pois minha avó estava internada em estado grave no hospital. Temi não chegar a tempo de vê-la com vida.

Eis que quase dois anos e meio depois, podemos comemorar mais um aniversário dela. Tudo bem que com muitas limitações na comparação com cinco ou seis anos atrás. Mas o fato é que mais uma vez passo um 5 de março com ela – o único que passei longe foi justamente em 2015, por estar morando em Ijuí.

Camarada verão

O atual verão está sendo até agora o menos massacrante em muitos anos aqui em Porto Alegre. Dá para “contar nos dedos” os dias de “Forno Alegre”: uns na semana passada, outros em janeiro, e o dia da final do Mundial entre Grêmio e Real Madrid (16 de dezembro: no calendário ainda era primavera mas na prática já era verão). De resto, vários dias com calor à tarde – afinal, é verão – mas com um ventinho ao anoitecer para refrescar. Espero que siga assim até seu final: importante falar disso, pois ainda falta mais de um mês para o início do outono.

Claro que não está sendo um verão “frio”, apesar da manhã desta terça-feira ter se assemelhado mais à Páscoa (que por ser no outono muitas vezes registra mínimas amenas e mesmo frias) do que ao Carnaval que está em suas últimas horas. Pois “verão frio” é algo que ao menos em Porto Alegre inexiste: ainda que uma temperatura mínima de 15°C seja baixa para fevereiro, em junho e julho é algo “acima da média” (que oscila entre 9°C e 10°C). Assim como não recordo de alguma vez ter precisado usar jaqueta, blusão de lã e cachecol durante o verão por aqui.

Bem ao contrário de usar bermuda e camiseta no inverno, algo muito mais comum do que parece: apesar da imagem de “Sibéria” associada ao Rio Grande do Sul, nosso frio é “fichinha” em comparação com lugares de inverno realmente rigoroso. Até porque raramente temos longos períodos “de renguear cusco”, o mais comum é a alternância de dias frios com amenos e até mesmo quentes.

E em alguns anos o inverno sequer é digno do nome – algo que muito desagrada a quem, como eu, prefere o frio ao calor. Foi o que aconteceu em 2017.

Mas hoje me senti um pouco “vingado” – sim, eu tenho “espírito de porco”. No Facebook, vi gente que morou a vida toda no Rio Grande do Sul reclamando do “frio” da manhã, mesmo que fossem moderados 15°C. Sentiram (só) um pouco da insatisfação térmica que eu tive nas várias vezes em que no último inverno o termômetro “passou lotado” dos 30°C (média das máximas em janeiro e fevereiro).

Agora é oficial: o Cão Uivador recomeçou

Nas últimas semanas, andei pensando muito em voltar a ter blog. Afinal, ando escrevendo pouco – mesmo que eu participe de algumas publicações no Medium.

Aí me veio a dúvida: começar um novo blog do zero? Dar continuidade a um que criei no mesmo dia em que encerrei as atividades do Cão Uivador em 25 de maio de 2015? Ou “ressuscitar” o Cão?

Uma olhada nas estatísticas sepultou a dúvida: mesmo que inativo há quase três anos, o Cão ainda tem alguma audiência, por incrível que pareça. Buscas no Google ainda trazem gente para cá.

Por isso, anuncio: o Cão está de volta. Agora é para ficar?

Certamente não voltarei ao ritmo de postagens que tinha de 2007 a 2013. Nem poderia prometer isso, visto que os dois próximos meses reservam bastante estudo para um concurso. Mas acho legal ter um espaço para escrever rápidas reflexões – e não, definitivamente não é o Facebook tal espaço.


Embora não curta Roberto Carlos, foi impossível não lembrar da música dele que compartilhei lá no começo…

E também não deixarei de escrever nas publicações que participo no Medium. A volta do Cão servirá apenas para tentar escrever com mais frequência.

76 dias depois

Dias atrás, escrevi o texto que seria o último do Cão Uivador. Estava decidido a encerrar em definitivo as atividades do blog, de atualizações cada vez mais irregulares. Afinal, nos últimos tempos as pessoas, de forma geral, andam preguiçosas. Não leem textos longos na internet, não clicam em links que levem para longe do Facebook, acreditam em qualquer meme idiota que seja chamativo… Não é de surpreender a praga dos boatos.

cão uivador

Então, ao abrir o Facebook (sempre ele…) no começo da noite de hoje, vi a mensagem acima. E tive noção do tempo que deixei o blog parado. Antes disso, o máximo tinha sido em torno de 20 dias. Nunca passara de um mês. Mas agora já eram dois e meio.

Então tive a ideia de… Postar a imagem aqui. Afinal, é o lugar ao qual ela se refere. Foi a motivação para voltar a atualizar o blog.

Larguei de mão, ao menos temporariamente, a ideia de encerrar o Cão. Mas não prometo mais atualizações “de tantos em tantos dias”: antigamente eu sempre procurava evitar que ele ficasse mais de quatro dias sem novas postagens. Agora vou escrever só quando estiver a fim.

Mas algo que preciso definir logo, é quanto ao endereço dele. Em maio do ano passado adquiri o domínio caouivador.com pelo período de um ano, pagando US$ 26 por isso. Agora tenho até o dia 22 de abril para decidir se renovo por mais um ano ou não. Por enquanto, não acho que valha a pena pagar mais US$ 26 – ainda mais com a cotação do dólar em alta.

Resolução cumprida

Em dezembro de 2013 fiz uma promessa para o ano que se aproximava. Algo raro, dado que não sou chegado a resoluções de Ano Novo. Mas naquele momento, entendo que era algo necessário: o ano de 2013 terminava de forma péssima para mim, e as perspectivas para 2014 não eram boas. Era preciso um projeto pessoal, e que dependesse única e exclusivamente da minha pessoa. Foi por isso que assumi a “responsabilidade” de começar a escrever um livro.

É verdade que me enrolei demais. Me preocupei com outras coisas. Mas sempre lembrava da promessa, feita bastante tempo antes das bebedeiras do dia 31 de dezembro. Então, eis que “aos 45 do segundo tempo”, enfim, posso dizer que cumpri a resolução: escrevi o primeiro parágrafo. Que será alterado em breve, pois preciso escolher o nome do personagem… Mas, tenho um parágrafo. E o que eu tinha prometido, ressalto, era começar um livro, não concluí-lo.

Portanto, 2014 já pode acabar sem que eu me sinta em dívida.


Sobre o ano que se acaba, constato um fato curioso: 2014, de modo geral, foi um ano ruim, com “oásis” de coisas boas. Mas termina muito melhor do que começou: o início do ano foi das piores épocas da minha vida, aquelas ocasiões em que tudo dava errado. Um “inferno astral” que começou ainda em 2013, ano que de modo geral achei bom mas no final foi simplesmente péssimo.

Já no término de 2014, falar em “perspectiva de mudança” não é mero discursinho de virada do ano: dentro de um mês, estarei trabalhando e morando em outra cidade, e terei de me acostumar a ver familiares e amizades de Porto Alegre apenas eventualmente, pois estarão a 400 quilômetros de distância. Mas as expectativas são as melhores possíveis: uma “mudança de ares” sempre é boa, e em muitos casos torna-se necessária.

Ou seja, se por um lado 2014 não me deixará muitas saudades, por outro ele termina (e dá lugar a 2015) realmente com ares de esperança. Aliás, coisa muito necessária também, de maneira geral, pois o ano que se encerra foi pesado, marcado por muito ódio (como bem vimos na campanha eleitoral e em tantas outras ocasiões). O alento vem de saber que, segundo monitoramento do uso de palavras em língua inglesa, a palavra mais popular de 2014 foi o “emoji” de coração. Resta torcer (e fazer a nossa parte) para que em 2015 o amor vença o ódio em todos os idiomas.


Já a “frase do ano”, qual foi? Não me resta dúvida alguma: “gol da Alemanha”.


Promessas para 2015? Não faço. Já quase descumpri a de 2014… E como disse, o ano termina bem melhor do que começou (e de como acabou 2013). Melhor não fazer resoluções – exceto a de continuar o livro, já que o primeiro parágrafo já está escrito.

E deixar meus votos para que 2015 seja melhor que 2014 (e há de ser), mas pior que 2016…

O frio está a caminho

Porto Alegre dentro de algumas semanas

Porto Alegre dentro de algumas semanas

No colégio, aprendi que equinócios são os instantes em que o Sol cruza o equador celeste. Em tais ocasiões, que se dão apenas duas vezes a cada ano (20 de março e 22 de setembro), ambos os hemisférios da Terra recebem igual insolação.

Tais eventos também significam trocas de estação (variando conforme o hemisfério, norte ou sul). Em um lado da Terra o verão acaba e tem início o outono, enquanto no oposto é o inverno que dá lugar à primavera.

Hoje é dia de equinócio. E, pela lógica, está chegando o outono: afinal de contas, como pode começar a primavera sem que tenha havido inverno? Ou seja, preparemos os agasalhos pois agora sim vai começar a esfriar.


Quem dera fosse realmente o outono que estivesse chegando… Não que eu desgoste da primavera (térmica e visualmente falando, ela costuma ser agradável a maior parte do tempo): o problema é saber que um novo verão está há três meses de distância, ainda mais que em quase 33 anos de vida nunca sofri tanto com o calor como em 2014.

Já o “inverno” (se é que dá para chamar assim) que acaba às 23h29min de hoje, teve muitos gols da Alemanha e pouco frio.

2014, ano sem inverno?

Verões e invernos mais frios ou mais quentes que o normal são, ironicamente, normais, visto que um ano nunca é igual ao outro. Por aqui, o último verão teve calor muito acima do normal, e espero nunca mais passar por algo semelhante na minha vida. Em compensação, ano passado o verão foi ameno, apesar do início muito quente (aquela noite de Natal em 2012 foi algo traumatizante pelo calor).

O verão ameno de 2013 não foi sucedido por um inverno ameno, muito antes pelo contrário. Além de duas fortes nevadas nas regiões mais altas (uma em julho e outra em agosto), tivemos vários dias dignos de serem chamados “de inverno”: gélidos, cinzentos e com o vento minuano “uivando”. Ruim para quem detesta frio, ótimo para quem adora (meu caso).

Já em 2014, a impressão que se tem é de que o inverno ainda não deu as caras, quando já estamos às portas de agosto. Até tivemos alguns dias frios, mas nenhum como os do ano passado. Nem falo de nevadas (o que aconteceu em 2013 foi atípico), mas sim daquele “frio de renguear cusco”. E que, segundo a previsão do tempo para os próximos dias, ainda não está por chegar.

O ano de 1816 teve um verão tão frio no Hemisfério Norte que acabou conhecido como “ano sem verão”. Em contrapartida, parece que 2014 se encaminha para ser o nosso “ano sem inverno”. Alguns ipês já estão até florescendo, quando o normal seria que isso ocorresse em setembro para anunciar a primavera.

Sim, tirada hoje, 31 de julho, na Praça Dom Sebastião (ao lado do Colégio Rosário)

Sim, tirada hoje, 31 de julho, na Praça Dom Sebastião (ao lado do Colégio Rosário)

Se você odeia frio e está adorando esse inverno “ausente”, pense: que graça vai ter a primavera se quando ela chegar todas as árvores já tiverem florescido?