Amanhã, meu irmão completa 36 anos de vida, o que faz do 17 de maio um dia muito importante para mim.
Mas o dia de hoje também tem significado nos últimos cinco anos.
Foi em 16 de maio de 2016, no início da tarde, que recebi e-mail de uma colega de trabalho aqui de Porto Alegre que desejava voltar a morar em Ijuí e por isso queria saber se eu mantinha minha vontade de me transferir para a capital.
Por alguns segundos fiquei na dúvida, que obviamente não duraria muito. Sim, eu queria.
À noite (mais precisamente, à meia-noite) eu faria uma chamada pelo Skype para o meu irmão, por conta do aniversário dele. Passei boa parte do dia na dúvida sobre contar ou não que tinha possibilidade de retornar a Porto Alegre.
Perto da meia-noite, decidi contar. Pois mais cedo ou mais tarde eu faria isso, então que fosse em uma ocasião festiva.
Nestes últimos cinco anos, muitas vezes pensei se acertei ou não naquele 16 de maio. Em especial desde que começou a pandemia: ficar em casa num apartamento com sacada (como aquele no qual eu morava em Ijuí) seria bem melhor do que onde moro agora. Sem contar que um ano e sete meses não foi suficiente para eu conhecer mais a cidade.
Mas, em compensação, a distância da família era o fator principal. Por ter voltado, pude ficar perto de minha avó nos anos finais da vida dela (exceto nos últimos três meses por conta do isolamento pandêmico); também pude acompanhar bastante minha mãe após a cirurgia cardíaca que fez no começo de 2021.
Ultimamente, estou mais convicto de que acertei em retornar para Porto Alegre. E ao mesmo tempo, também acho que valeu muito a pena ter morado em Ijuí. Foi uma excelente experiência de vida, que recomendo a muitas pessoas que nunca viveram fora de capitais e têm uma visão bastante estereotipada do que é o interior.
Talvez um dia novamente eu deixe de morar em Porto Alegre. Mas por enquanto, não o farei, apesar da “politização” da população local…