Em junho, o presidente paraguaio Fernando Lugo foi deposto em um golpe disfarçado de legalidade. O processo de impeachment foi aberto pela Câmara dos Deputados no dia 21, e na tarde do dia 22 o Senado condenou Lugo, que teve apenas duas horas para apresentar sua defesa (em 1992, no Brasil, Fernando Collor teve três meses para isso). A presidência foi assumida pelo vice-presidente Federico Franco, que já tinha “virado a casaca” e passado à oposição.
Pois não deixa de ser irônica a situação pela qual Franco passa agora: sem conseguir justificar o enorme aumento em seu patrimônio pessoal durante os últimos quatro anos, pode até mesmo sofrer impeachment… Caso aconteça, o processo será tão rápido quanto foi em junho?