Importante em tempos de crise

Em janeiro, postei aqui o vídeo acima, indicado neste excelente artigo do Luiz Carlos Azenha a respeito do clima de alarmismo provocado pela mídia no início do ano devido a uma “epidemia de febre amarela” no Brasil. Que não aconteceu, é claro. Mas apavorou gente, a ponto de serem registradas mortes devido à doses excessivas da vacina contra a doença.

Por isso é importante ficar atento ao atual contexto de crise. Tem gente apavorada, e isso é perigoso. Pois o medo faz com que as pessoas aceitem qualquer medida, por mais autoritária que seja, que supostamente resolva o problema. Uma das conseqüências da crise de 1929, por exemplo, foi a eleição de Hitler na Alemanha.

14 comentários sobre “Importante em tempos de crise

  1. Camarada Rodrigo a crise financeira é séria ñ se trata de alarmismo!

    Acontece q óbviamente as classes dominantes ñ têm condições de abrir mão do neoliberalismo e estão utilizando o momento para tentar aprofundá-lo, como no caso da proposta dos empresários para atacar a CLT, q se antes o argumento falacioso era para gerar empregos, agora seria para mantê-los! E como a grande mídia é privada ela cumpre o papel de ser porta-voz dos interesses das classes dominantes!

    Mas a crise é mto séria! Os próprios capitalistas estão lendo Marx para ver se encontram o fio da meada da crise q criaram! Claro q ao ler Marx eles sempre fazem a ressalva do tipo “ñ se empolguem”, “é só pra resolver a crise”, etc…

    Sinceramente tenho sérias dúvidas se é possível sair do capitalismo neoliberal para outro modelo de capitalismo. Pelo o q tenho acompanhado nos últimos anos tanto na América Latina qto nos países desenvolvidos creio q ñ!

    Estamos na esquina da História da humanidade camarada: ou a gente se organiza e suplanta este modelo ou ele suplantará a humanidade inteira com seu consumismo defenfreado q vem aumentando a degradação ambiental!

  2. Camarada Jorge, como diz Hobsbawm em “Era dos extremos”, a queda do velho liberalismo em 1929 gerou uma disputa entre três opções pela hegemonia intelectual-política:
    1) Comunismo marxista;
    2) Capitalismo “regulado pelo Estado” (ou “Estado de bem-estar social”);
    3) Nazi-fascismo (“A terceira opção era o fascismo, que a Depressão transformou num movimento mundial, e, mais objetivamente, num perigo mundial.”).
    Daí a necessidade de se ficar atento, para se desmascarar os que vierem com idéias que “nos salvarão da crise”, mas que na realidade desejam mesmo é manter as coisas como estão. Não podemos deixar a História se repetir.

  3. sim, a crise é evidente. o que temos que ver é que o capitalismo ao contrario do comunismo marxista nao contem dogmas. o capitalismo é mutante, esta sempre em movimento, se modificando, adquirindo novas formas colonizando novos espaços, transformando mais coisas em produtos.

    A nos, os resistentes falta movimento, quando falamos de movimento social, normalmente falamos em movimentos sectarios, separados, falamos de um movimento homosexual, um movimento negro. Ora todos lutam pela mesma coisa, uma mudança de regime. Mas mesmo assim esses movimentos nao se movimentam pois nao “compram”as causas dos outros movimentos.

    Acho que reduzir o mundo hoje a tres possibilidades como faz o amigo rodrigo acima é mto determinista. acredito que existam muitas formas de vida, o mundo é uma multiplicidade, temos os modos orientais como vivem alguns hindus, ou temos ainda esquimos, temos indios, temos o mundo islamico. O proprio capitalismo se divide em varias facetas. de qualquer modo acredito que o mundo nao deva viver sobre uma unica ordem mundial, os modos diferentes de vida devem ser valorizados, viva a multiplicidade.

    Sobre o hitler ter sido eleito apos a crise de 29 é totalmente verdadeiro, pois ele com a sua ideia de nação-organica, foi o unico capaz de mostrar a sua nação totalmente destruida pos-primeira guerra que a alemanha tinha uma maneira de fugir a crise. Para mim fica aqui clara uma ideia, hitler foi um aviso, que em tempos de crise temos que mander os olhos mais abertos ainda, para escolhermos nossos lideres, que isto sirva de aviso.

  4. Murilo,

    Não reduzo o mundo a apenas três possibilidades – no caso, só citei Hobsbawm a respeito da crise de 1929.
    Para onde vamos, não sei prever – até porque não sou vidente, e sim um “quase historiador” (ou seja, vivo do passado, hehe). As opções não são iguais a 1929, até porque não temos mais a União Soviética como naquela época. Mas há o risco de ascensão de algo parecido com o fascismo, já que regimes autoritários ainda agradam a muita gente – e nada como um contexto de crise para surgirem “salvadores da(s) pátria(s)”.

    Abraços

  5. a verdade é que todos nós esperamos um novo salvador, ja passamos por varios deuses na antiguidade, depois passamos por um deus só na idade media, entao veio o homem-deus do humanismo, depois veio o homem-maquina. sempre esperamos um salvador, e a cada dia vemos os novos deuses e salvadores morrerem, e novos deuses se formando. entao a pergunta que fica é : quantas pessoas e deuses vao ter que morrer até que possamos aprender que nao existe (apenas) UM caminho? lideres, apenas odeiam outros lideres, e sao por esses lideres que a multidão anda retilineo, ou seja, repetindo os mesmos erros do passado.

    Bem, sobre o surgimento de governos autoritarios existiu e sempre existem pessoas que relegam a sua vontade politica para dar essa possibilidade politica a uma unica pessoa, o autoritarismo faz parte da historia, mas nao diria que é algo natural. O problema é que devemos estar sempre de olhos abertos a essa possibilidade de autoritarismo, e nao somente num campo politico, mas no campo familiar, escolar e etc… pois todas essas intituicoes refletem a nossa “vontade” politica.

    Sobre o surgimento de um novo fascismo, eu gostaria de dizer que o “minimo fascista” tem como principal pilar o ESTADO. bem o neoliberalismo a cada dia mais acaba com o Estado, e esse cada dia mais perde força para grandes corporacoes financieras. Bem o Estado entao representa essas corporacoes. Se havera uma nova forma de fascismo pode ser uma maneira xenofobica, ou racista (bem o controle genetico traz uma possibilidade bem maior de conhecimento “organico”sobre as pessoas, assim sera muito facil classificar os “doentes”, “anormais” e “impuros”.

    Na alemanha na decade de 90 e vimos crescer alguns movimentos neonazistas, mas com um configuração bem diferente.

    Um livro bem interessante sobre o fascismo é o do Michal Mann, se chama apenas “FASCISMO”s, é da editora record, saiu esse ano 2008. bem se quiser dar uma olhada. Mann fala um pouco sobre essa resurgencia fascista.

    Se quisermos ir um pouco mais a fundo, tem alguns artigos do Foucault, falando que em nosso interior todos nós, temos, micro-fascismos.

    Sim o contexto de crise é um momento apropriado para delegarmos nossas vontades, nossos desejos, e o que acreditamos. tudo pelo nosso bem estar material. A nós resta criticar, tentar abrir nossos proprios olhos.

    Mas como eu disse, existem multiplas possibilidades das coisas acontecerem de multiplas coisas, nao sou futurologo, tambem sou quase um historiador. o que quero dizer é que é muito dificil reduzir as coisas a pequenas e poucas possibilidades.

    abraços.

  6. Caros, em primeiro lugar é preciso fazer uma correção histórica aqui: Hitler NÃO foi eleito! Tenho um artigo que conta em detalhes a trajetória da subida dele ao poder se encontrar no meu e-mail bagunçado publico aqui!

    Discordo do Murilo qdo ele afirma q o marxismo é dogmático basta ler a obra do autor, principalmente as alianças q ele propoe no final do Manifesto Comunista e inúmeras declarações q deu na Internacional Socialista.
    Claro q há grupos q reivindicam o marxismo q são dogmáticos mas daí generalizar é equivocado.
    Assim como tb é equivocado chamar os regimes stalinistas de comunistas marxistas qdo inúmeros marxistas denunciavam tais regimes.

    Acho q como historiadores é preciso fazer um estudo profundo destas experiências pois há um grave equívoco por parte de setores ditos resistentes ao capital de abandonar as teoiras anti-capitalistas (marxistas, anarquistas) devido às odiosas experiências stalinistas, acabando de incorrer sem perceber, no erro de cerrar fileiras com a direita fazendo coro com a tese do Fim da História!

    Ñ se precisa e nem se deve tratar tais teorias de forma dogmática, mas creio q elas ainda nos servem – e mto – de referência para o combate o capital.

  7. Hitler foi eleito chanceler sim, o seu partido em torno de 10 anos ganhou mais de 50% das cadeiras do parlamento alemão, so nao sei se é parlamento mesmo, pq nao lembro a forma politica da alemanha na epoca. mas ele foi eleito, e depois aplicou um “golpe”, eliminou varios chefes dos partidos capitalistas e comunistas, assim como eliminou algumas liderancas dentro do proprio partido nacional socialista alemao. inclusive matando um dos lideres do partido, o chefe da SA. A SA era uma formação paramilitar que garantia a segurança do partido nacional socialista.

    bem, o que mais gosto no marx e no marxismo e a analise do capitalismo. o problema para mim é que a analise de marx sobre o capitalismo nao serve para os dias de hoje, nao acho cabivel falar proletarios industriais do mundo, uni-vos. hoje sabemos que o combustivel do capitalismo ja nao é mais as industrias, e sim os setores terceirizados, os prestadores de serviço, as “inteligencias” que produzem tecnologia para as industrias. por isso acho o marxismo – pelo menos a teoria de marx como foi escrita por ele – ultrapassada.

    Bem, eu aacredito que o marxismo e os marxistas sao bem dogmaticos sim, muito presos ao capital, digo o livro. Tratam o livro como um biblia, para mim a analise marx foi fundamental para o capitalismo que ele viu, e nao o que nós presenciamos hoje em dia.

    Sobre o manifesto comunista é muito um manifesto mesmo, nada teorico, sem muitas proposicoes.

    sou, pelo menos me declaro esquerdisda, por ter um pensamento que tende a formaçao de algo em comum para todos, chamem isso de comunismo, comunidade. nao sei. nao cabe a mim ficar me denominando o que sou.

    Bem o socialismo REAL, nao foi tao bom quanto todos esperavam. Bem cabe a nos historiadores, marxistas ou nao, denunciar as fraquesas e elogiar as partes boas dos regimes socialistas. A mim fica claro que o regime socialista morreu por 2 coisas:

    Primeiro seria o problema de que os governantes nao eram tao iguais como o resto da sociedade, houve uma criação de uma burocracia que atrapalhava muito a vida das pessoas, e as pessoas tinham a vida muito controlado. De uma certa maneira, o que ocorreu em alguns paises socialistas, como a unicao sovietica foi um regime autoritario militar. Bem claro que estou sendo bem simplista e sei que isso me gerara varios problemas. Mas o que eu pretendo enumerar é que houve a criação de uma elite militar, que de certa maneira era beneficiada num regime onde todos deveriam ser iguais, todos serem comuns, estar em comunidade.

    Segundo problema, acredito eu que o regime socialista acabou tambem por parte das pessoas, houve na uniao sovietica pessoas insatisfeitas com o regime. haviam greve, e haviam pessoas que quebravam maquinas para nao trabalhar. As pessoas resistiam ao regime de uma forma ou de outra. A subjetividade das pessoas de uma certa maneira eram bem restritas, tudo que as pessoas consumiam (digo comer, beber, ver na teve) tudo era controlado pelo Estado, esse Estado funcionava como uma maquina, as pessoas eram as pecas. Logo para uma maquina funcionar deveria haver uma harmonia de uma certa maneira uma igualdade. Para mim fica claro um controle de subjetividade, as pessoas eram muito parecidas, usavam e consumiam coisas parecidas. Vimos a decada de 60 e 70, todos os movimentos desssas decadas vieram trazer cores contra a maquina cinzenta da uniao sovietica, o movimento hippie é exatamente o contrario do mundo cinzento e todo igual da uniao sovietica. Para mim fica claro essa procura por uma subjetividade das pessoas na uniao sovietica na derrubada do muro de berlim, as pessoas vao para berlim ocidental consumir. “Criar identidades”.

    Talvez o maior problema do socialismo foi ter feito uma sociedade igual,mas cinzenta.

    Bem pode ate mesmo parecer estranho, mas em na teoria todo a teoria é bonita, ate mesmo a capitalista. As teorias para mim realmente sao muito bonitas, mas ainda prefiro ficar num campo da pratica, acho melhor procurar novas taticas de resistencias, pois sem duvida as que marx propos a muitos anos ja sao bem conhecidas pelas megas corporacoes capitalistas. A Nós resistentes, resta-nos entrar em movimento, ou seja criar novas formas de resistencias, de forma que os capitalistas ainda nao as conheca, e nao saberao como resistir.

    abraços.

  8. Caro Murilo, Hitler foi eleito por quem?

    “Nas eleições presidenciais de 13 de março de 1932 havia quatro candidatos: o próprio presidente, o idoso marechal liberal-conservador Paul Von Hindenburg, então com 85 anos, o nacional-socialista Adolf Hitler, o comunista Ernst Thaelmann e o nacionalista Theodore Duesterberg. Os resultados foram:

    Hindenburg 49,6%;
    Hitler 30,1%;
    Thaelmann 13,2%;
    Duesterberg 6,8%.

    (…) Essa derrota eleitoral levou o correligionário Joseph Goebbels, que viria a se tornar o ministro da Propaganda da Alemanha nazista, a declarar em seu jornal “Fomos batidos, terrível resultado. Os círculos partidários estão fortemente deprimidos e desanimados.”

    Uma vez que Hindenburg não tinha recebido a maioria absoluta dos votos, um segundo turno teria de ser realizado entre os três primeiros colocados. A segunda votação, levada a efeito em 19 de abril de 1932, teve como resultado:
    Hindenburg 53,0%;
    Hitler 36,8%;
    Thaelmann 10,2%.
    (…)
    As eleições legislativas de 31 de julho de 1932 deram uma grande vitória ao Partido Nazista, que conquistou 230 cadeiras no Reichstag, tornando-se o maior partido político, embora ainda minoritário num parlamento de 608 assentos.
    (…)
    Com fundamento nesse êxito eleitoral, Hitler exigiu que Hindenburg o nomeasse chanceler e lhe desse o controle total do governo. Otto Von Meissner que trabalhou como assessor de Hindenburg testemunharia mais tarde nos Processos de Nuremberg que “Hindenburg rejeitou a exigência posto que de boa-fé não poderia transferir o poder a um partido novo como o Nacional-Socialista, que não contava com a maioria do povo e que de resto era intolerante, indisciplinado e turbulento.”

    A saída para o impasse político reinante no Reichstag foram novas eleições legislativas. No pleito levado a efeito em 6 de novembro de 1932 os nazistas perderam 2 milhões de votos e 34 cadeiras. Embora o Partido Nazista ainda se mantivesse como majoritário, era nítida a perda de terreno entre os votantes.

    Tentando aplacar o caos e o impasse que se estabeleceu, o presidente Hindenburg demitiu Von Papen e indicou o general de exército Kurt Von Schleicher como o novo chanceler. Incapaz de formar uma coalizão majoritária, Schleicher pede demissão 57 dias após a sua posse.

    Em 30 de janeiro de 1933, o debilitado presidente Hindenburg não mais conseguiu resistir às pressões dos setores conservadores e reacionários, acabando por indicar Adolf Hitler como chanceler. Apesar de os nazistas nunca terem obtido mais de 37% dos votos e mesmo com a minoria dos postos do gabinete ministerial e bem menos do que a metade dos assentos no Reichstag, Hitler e seus acólitos tudo, absolutamente tudo fizeram, inclusive atos de selvageria política com vistas a aterrorizar a população e os adversários, com o fim de consolidar o seu poder. Com Hitler como chanceler a tarefa não se mostrou difícil. O objetivo das classes dominantes da sociedade alemã, (como foi esplendidamente mostrado no festejado filme Cabaret, (1972, de Bob Fosse, com Liza Minelli, Joel Grey entre outros) era “deixe que os nazistas acabem com os comunistas que depois daremos cabo deles”.”

    (Texto de Max Altman)

  9. Caro Murilo talvez vc esteja influenciado pelo perverso processo de desconstrução q vem sendo levado à cabo nas universidades (inclusive UFRGS), segundo o qual nada presta, nada serve, postura q na prática só serve para deixar tudo como está, afinal se nada serve para q buscar algo?

    Dia desses estiveram na UFRGS dois sociólogos com essa mesma abordagem de q o marxismo é insuficiente para a realidade atual e etc. Bem, um deles tinha sua obra com a dedicatória do Mário Amato (sabe quem é ele?) e outro gostava de ler um direitoso do Partido Trabalhista inglês (a turma do Tony Blair), ou seja, estavam ali cerrando fileiras um revisionista “resistente” ao capital e um direitoso.

    Em todas estas modalidades q citaste (serviços, terceirizados,…) ñ há expropriação de mais-valia? As pessoas expropriadas ñ são despossuídas de propriedade privada? Tais teses atuais são de quem mesmo?

    Se vc entende q determinada teoria em determinado sentido deixou a desejar isso seria motivo para desconsiderá-la? Acredito q o mais prudente é fazer como Ricardo Antunes (um dos grandes estudiosos do trabalho) q ao invés de rejeitar a teoria a fez avançar com seu estudo sobre o trabalho.

    Infelizmente vc confunde a postura de algumas seitas com o marxismo e o próprio Marx. Qdo criou a Internacional Socialista Marx mesmo disse q se fosse criar uma organização apenas com os q pensam como ele ñ teria avançado.

    O Manifesto Comunista ñ é um mero manifesto é uma obra q já faz uma análise histórica da humanidade, do capitalismo e é sim propositivo.

    Qto ao chamado socialismo real foi o próprio revolucionário russo Leon Trotsky q disse em 1938 (auge da URSS) q a URSS era um país em transição ao socialismo q se degenerou com a ascensão da burocracia stalinista e q se tal burocracia ñ fosse removida do poder o capitalismo seria restaurado. Deve-se lembrar q para levar seus planos adiante Stalin teve de assassinar a velha guarda bolchevique (ou seja os socialistas autênticos).

    Houveram mobilizações contra as burocracias (ñ contra o socialismo) na Hungria e na Tchecoslováquia.
    Deve ficar claro q quem restaurou o capitalismo na URSS foi a burocracia. Mas o curioso caro Murilo é q hoje os russos sentem saudade da URSS (mais de 60% de acordo com pesquisa realizada em 2006). Ano passado qdo morreu o Boris Yeltsin houve até passeata comemorando a sua morte dele pois ele é visto pelos russos como um traidor q vendeu a Rússia nas privatarias. Ao q tudo indica parece q o gosto do capitalismo é mais amargo do q dos regimes burocráticos.

    Para finalizar lembro ao amigo q o capitalismo ñ é belo nem na teoria. Leia as propostas de Adam Smith, Hayek, Friedman, entre outros. KKK
    Bom saber q o amigo acredita na força do movimento para a transformação social. Tal proposta tb era de Marx.

    Abraços!!!

  10. Bem jorge, estou longe de minha faculdade no momento. estou nos estados unidos fazendo intercambio. de certo tenho livros que, ou seja provas materias que dizem que hitler foi eleito primeiro chanceler da alemanha. de qualquer maneira eleito ou nao, acho q isso nao é o mais importante, e sim quais as consequencias que o seu governo trouxe e deixou na historia. assim que tiver acesso novamente aos livros que pesquise colocarei aqui a referencia, coisa que gostaria que vc tambem tivesse feito, eu nao achei as suas referencias! =) Bem agora achei a sua “referencia” – Max Altman – realmente nao o conheco, procurarei algo na internet, mas o livro e a editora de onde tirou isso cairia muito bem!

    Eu disse que hitler tinha sido eleito chanceler, nunca falei nada de presidente. E de certa forma o que interessa é que Hitler chegou ao poder por meios legais, mesmo que por meio de pressao, e assassinatos politicos, o que eu ja tinha comentado passadamente num outro comentario.

    Do jeito que voce fala sonbre a alemanha nazista, me parece que você coabita uma corrente historiografia que propões e é chamada de “mal da historia”. onde a alemanha nazista foi o pior governo que ja existiu, e que grande maioria da população alema nao apoava hitler. E isso da população nao apoiar hitler é bem enaganosa, as pessoas acreditavam nele, principalmente a juventude que de certa maneira foi “corrompida”graças a educação, e outras instituiços chamadas de juventude hitleristas, ou os capas negras. bem uma serie de instituiçoes foram criadas como para o controle das pessoas. Mesmo que nao tenha sido eleito presidente, ele chegou ao poder, ou ao cargo de chanceler por meio legal, e isso nao se caracteriza como um golpe. Agora nao posso “desconstruir”a sua ideia graças a falta de material para pesquisa.

    Bem, e existiam sim resistentes ao governo nazista, nao quiz dizer que todos eram a favormde hitler.

  11. temo estar redondamente enganado com relação a eu nao acreditar em nada! bem se nao acreditasse em nada eu nao estaria aqui, argumentando com você, pois isso seria totalmente sem proposito. eu sobre o processo de desconstrucao, acho muito interessante a filosofia desconstrutiva de jacques derrida. gosto de ver as coisas de um angulo diferente, pois para mim apenas um angulo, apenas uma verdade, uma posição se chama dogma. odeio o extremismo, qualquer determinismo para mim é incompleto.

    acredito que o marxismo, o do marx o do capital é ultrapassado sim, precisamo de novas armas, novas formas de sair do Estado. o Estado é podre. sobre minhas vontades politicas, eu gosto de Deleuze, Antonio Negri, Guattari, Michael Hardt. todos eles gostam do marx, e do marxismo e principalmente porque criticam o capitalismo e analisam o capitalismo. o problema é que o capitalismo nao é mais o mesmo, a exploração existe, os setores terciarios sao explorados, porem de forma diferente, antes tinhamos trabalhadores fechados em fabricas, sendo vigiados no espaço instituicional da fabrica, hoje temos mais empresas que fabricas, a forma de capitalismo mudou. hoje nao precisamos de um chefe vigiando os trabalhadores o tempo todo dentro das empresas, ate porque temos empresas onde as pessoas podem trabalhar em casa. assim o que conta é a produtividade, uma funcionario da empresa vigia o outro, para trabalhar mais que ele, receber mais que ele. o chefe nao precisa mair estar na fabrica, ou no caso escritorio. estamo na sociedade de controle, o chefe liga para o celular do funcionario: onde esta? o que esta fazendo? ou ainda temos celulares 3G, e atraves de GPS os chefes podem saber onde os funcionarios estao.

    O que estou dizendo é que Marx faz uma analise do capitalismo de sua epoca, um capitalismo industrial, estamos num capitalismo informacional, outra forma de produzir, outra forma de explorar, logo novas formas de lutar, novas formas de resistir.

    Bem acho que arco e flecha nao funciona contra metralhadoras, nao quero lutar com uma teoria “ultrapassada'”ou seja flecha, contra um capitalismo, liquido, mutante, novo ou seja metralhadora. Melhor ainda, as novas formas de guerra, vamos analisa-las. Sao as guerras de video game, um cara dentro do Quartel general, atraves de satelites aponta e mira perfeitamente um missel na caverna do bin laden, nao precissamos mais de tropas imensas se movimentando, ou avioes como na segunda guerra mundial. O que estou dizendo é que vivemos uma nova era, um novo capitalismo que precisa de novas armas.

    Muitas coisas de marx ainda resistem, como eu disse gosto de marx, gosto de sua analise, ele denunciou a expropiação da mas valia dos trablhadores, nos mostrou a exploração do trabalhador industrial. o que eu digo é que nao somos mais, ou pelo menos nao a maior parte das pessoas trabalhadores industrial, prestamos servicoes, educacionais ( o nosso caso de historiadores, ou seja professores) prestamos servicos, vendemos informacoes, os medicos vendem servicos, existe uma serie de profissoes que nao mais industriais, as industria hoje foram colonizadas pela robotica, nao precisam mais de homens, a exploracao humana esta sendo invadida em seu intelecto. por isso a analise de marx nao serve, analise que serve para uma sociedade capitalista sim, porem industrial, o que nao somo mais, estamos deixando de ser, pelo menos no brasil.

    o melhor caso de empresa, é a Benetton, marca italiana que tem produtos no mundo inteiro, vc ja ouviu falar em fabrica da benetton? nao! sabe por que? por que nao existe,ela vende a sua marca, apenas a marca, ela inventa produtos, as fabricas do “terceiro mundo” (odeio o termo terceiro mundo) compram os direitos para produzir em suas fabricas, colocam etiquetas benetton e os produtos sao distribuidos para o mundo.

    bem, acho que agora vc pode ver que acredito em algumas coisas, que acredito em resistir contra alguma coisa, mas nao acredito em resistir com o capitalismo industrial denunciado por marx, mas um novo tipo de capitalismo.

  12. bem, voce mais uma vez sitou dados que nao sei de onde vem, o que para mim e muito duvidoso, de onde vem essa pesquisa de 60%? de qualquer maneira qualquer forma de pesquisa pode ser manipulada. Quando falo em socialismo real foi o que aconoteceu, nada posso fazer se esse foi dominado por uma burocracia militar, nao podemos, nos historiadores trabalhar com possibilidades como a de trostsky ter assumido o governo, isso nao aconteceu.

    Como eu disse anteriormente, todas as formas de governos existentes, que ja existiram e que ja existem estao passiveis a criticas, tens alguns problemas e outras coisas boas sim.

    E eu acho a teoria do capitalismo bonita sim, pois num local onde empresas competem, os precos abaixam, mais pessoas podem comprar, mais pessoas comprando precisarao de mais trabalhadores, e mais pessoas entrarao no mercado de trabalho e poderao consumir mais, produzirao mais é um circulo vicioso, que teoricamente se mostra muito bonito e atrativo. é assim que consigo ver como grande parte do mundo assimilou o capitalismo como uma coisa bonita.

    O que é mais bonito no capitalismo é seu poder de mutação, vemos o capitalismo assumir varias facetas, e ate mesmo se trair com o Estado de Bem estar social nos estado unidos depois do “crash”. mas isso para mim so o torna mais interessante, pois o capitalismo é mutante, esta em movimento, ao contrario dos atuais movimentos sociais, e dos marxistas que insistem em velhas analisas para um capitalismo todo novo. isso ja me intristece, ver pessoas lutando com velhas armas, sendo completamente destruidas por um capitalismo novo, selvagem e mutante.

    A transformacao social atraves de movimentos socias pode ate ter sido criada, ou melhor ter o termo sido cunhado por Marx. mas existe na filosofia ocidental uma velha tradição materialista grega que acredita na transformação social, ora temos democracia e varias outras formas de governo que inserem a multidão nos projetos politicos. Marx pode ate mesmo ter mostrado isso, mas nao acredito que ele inventou a transformação social. sabemos de varias guerras no passado, bem antes de Marx que propunham transformacoes.

    Como disse anteriormente gosto de marx, e de sua analise do capitalismo, so a acho ultrapassada, devido as fatos que citei acima de uma nova forma de capitalismo. a nos resta perceber essa nova forma de capitalismo e lutar contra ele, denuncia-lo e continuarmos uma “tradição”que voce gosta de chamar de Marxista, que nada mais é que uma analise economica,social,emocional,subejetiva etc…

    Meus comentarios, sao embasados principalmente nas obras de autores que ja disse acima, Antonio Negri e Michael Hardt, obras como Império, Multidão, 5 licoes sobre o imperio, Gilles Deleuze um aprendizado em filosofia.

    Ja de deleuze e de guatarri, as obras sao: Mil platos: volumes de 1 a 5. Conversaçoes. as 3 ecologias, diferença e repetiçao.

    Ta ai o que eu posso chamar d eum pouco de Bibliografia, ou referencia. o que tambem gostaria de saber de onde voce tira os seus dados…

    abraços.

  13. Caro Murilo insistes no grave equívoco de afirmar q Hitler foi eleito chanceler qdo na verdade foi NOMEADO!

    Jamais cairia na asneira de dizer q a Alemanha nazista foi “o pior governo que existiu” e de q Hitler ñ teve apoio popular, afinal ninguém luta pela bela cara de uma liderança (q ele sequer possuía KKK). Ñ caia no equívoco de colocar palavras na minha boca.

    Murilo todo o conhecimento humano deve ser aperfeiçoado a partir do acumulado. Veja o caso das tecnologias: o primeiro computador era enorme, mas apartir da evolução desse conhecimento hoje temos computadores menores. Note q nesse caso o conhecimento anterior acumulado foi aperfeiçoado e ñ jogado na lata do lixo. A mesma coisa serve para o conhecimento acumulado no estudo das ciências humanas. Se realmente acredita q o marxismo tem alguma credibilidade na análise da sociedade atual deve encontrar pontos a serem aperfeiçoados onde achas q tem defeitos mas ñ jogá-lo na lata do lixo como “ultrapassado”.

    Aliás esse tema tem me intrigado e mto. Alguns intelectuais têm enchido a boca para dizer q Marx ñ teria previsto a transformação do capitalismo, q teria meramente analisado o capitalismo da sua época. Mas veja o q ele já dizia no Manifesto Comunista:

    “A burguesia só pode existir com a condição de revolucionar incessantemente os instrumentos de produção, por conseguinte, as relações de produção e, com isso, todas as relações sociais.”

    A luz disso, como podem alguns intelectuais utilizar o advento da informática para afirmar q Marx ñ teria previsto a transformação tecnológica do capital e seu impacto nas relações de trabalho?

    Mas alguns conseguem ser piores ao confundir proletariado com operário de fábrica. Mais uma vez a leitura de Marx desmancha mais este equívoco:

    “As camadas inferiores da classe média de outrora, os pequenos industriais, pequenos comerciantes, e pessoas que possuem rendas, artesãos e camponeses, caem nas fileiras do proletariado: uns porque seus pequenos capitais, não lhes permitindo empregar os processos da grande indústria, sucumbem na concorrência com os grandes capitalistas; outros porque sua habilidade profissional é depreciada pelos novos métodos de produção. Assim, o proletariado é recrutado em todas as classes da população.”

    É lógico q com estas mudanças as táticas de resistência tb sofrem alterações. Mas ñ devemos desprezar o já acumulado.

    A pesquisa sobre a URSS está no UOL. Acho pouco provável q os meios de comunicação à serviço do capital manipulariam uma pesquisa a favor da URSS. Q interesse eles teriam nisso? Ñ posso colar aqui o link da matéria pq o blog do camarada Rodrigo bloqueia qq link, mas cole este trecho no Google q encontrarás a matéria:

    “De acordo com uma pesquisa recente do instituto de estudos sociais Levada, 61% dos russos lamentam a queda da União Soviética, contra 30% que não sentem falta daquela época.”

    Caro Murilo para afirmares q a teoria capitalista é bonita é pq ñ leste os clássicos do liberalismo, e o q eles pensavam sobre sindicatos, a defesa q fizeram da escravidão, etc… mas comentando o seu momento de derretimento perante o capital, onde parece ignorar de q forma ocorrem estas “mutações” e quem sofre com elas, digo-te q leias os clássicos do liberalismo e verás q as “modernas” ideologias propaladas hoje (livre concorrência, livre comércio, etc) são as mesmas já propaladas por Adam Smith bem antes de Marx. Ou seja as “modernas” teorias propaldas hoje são mais velhas do q o marxismo, q em parte responde a estes sofismas.
    Qto ao círculo citado por vc: competição-venda-crescimento-vagas no mercado de trabalho; mais este sofisma do capital foi desmascarado por um relatório da OIT q apontava q em 2006 apesar do crescimento econômico o desemprego havia aumentado.

    Marx ñ inventou a transformação social Murilo. Ele constatou q as grandes transformações sociais históricas advinham das lutas entre as classes no interior destas sociedades. Por isso indicou a mobilização social para a derrubada do capitalismo. Ou vc acredita ser capaz de abolir o capitalismo pela via institucional, no parlamento? Mesmo q um governo anti-capitalista tivesse a maioria parlamentar e aprovasse leis atacando os poderosos estes ñ abandonariam seus privilégios de forma pacífica, eles reagiriam violentamente. A História passada e presente está cheia de casos assim.

    Abraços!

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