Mesmo com a campanha da RBS e com as propagandas que usam atrizes dizendo que não querem homens apressados no trânsito, o verão de 2007/2008 está mais 10,5% mais mortífero nas estradas gaúchas do que o de 2006/2007. Os dados são da própria Zero Hora de hoje (pág. 11), principal jornal da RBS.
Ou seja: está mais do que provado que esta campanha é um fiasco. Acharam que colocar três atrizes da Globo mexeria com os brios dos homens. Porém, é só olhar boa parte das propagandas de carro: vende-se a idéia de que automóvel impressiona mulher.
Tem algumas que para escolher o cara levam em conta o carro que ele tem. O problema é que a maioria dos homens acredita que só “pega mulher” se tiver motor potente – o que demonstraria a “potência do cara” em outro lugar. Daí a “necessidade” de acelerar sempre.
Querem acabar com a violência do trânsito? Façam campanhas para mudar a cultura da população, para reduzir a dependência em relação ao automóvel que algumas pessoas têm. Tem gente que pega carro para andar duas quadras. Mais que preguiça, isto é estupidez. Incentivem o uso do transporte público, e também de meios como a bicicleta, que não polui.
Façam também campanhas para a retirada das placas de sinalização que indicam onde estão os pardais: isto é um incentivo à correria, já que a maioria dos motoristas pisa fundo, diminui a velocidade quando vê a placa do pardal e depois volta a acelerar. Vale lembrar que a mídia fez toda uma campanha contra os pardais – ainda mais na época do governo Olívio – por estes serem “arrecadadores”. É muito fácil não ser vítima da “fúria arrecadatória” do Estado: basta não correr.
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