Apesar da minha satisfação expressa no título, acho que pouco mudarão as opiniões dos direitoscos no Rio Grande do Sul. Mais: é capaz deles dizerem que a Anistia Internacional é “petista, comunista e baderneira”!
Mas a direitosquice nem é exclusividade riograndense. Ontem, em São Paulo, uma manifestação de alunos, funcionários e professores da USP contra a presença da PM na universidade – que resultou em violenta repressão no último dia 9 – foi alvo de ovos e garrafas atiradas por um imbecil, morador do 12º andar de um edifício: ou seja, nem sequer tinha o argumento de que a passeata o deixou “preso no trânsito”.
Aliás, como se fosse preciso fazer manifestação para o trânsito trancar em São Paulo – e o mesmo vale para Porto Alegre.
Rodrigo,
Acho que vivemos um período extremista, egoísta e revanchista. Basta dizer que eu devo ter perdido quase todos os seguidores do Twitter que são jornalistas, professores universitários e estudantes da área. Sinceramente, acho que nada vai mudar pra pior.
A esquerda tão “humanista” e a academia tão “douta” só sabem conviver, aceitar e refletir a partir do contraditório desde que o estranhamento e a forma de discutir o contrário sejam realizados conforme as regras deles.
[]’s,
Hélio
Pois é, Hélio…
Os que defendem o diploma de jornalismo, esquecem que, se forem olhar sob o ponto de vista da “grande mídia”, nada deve mudar: ela dará preferência a quem tiver diploma, pois teoricamente terá “mais capacidade”.
E ao mesmo tempo, não entendo a gritaria dos jornalistas contra a “intrusão” de profissionais formados em outras áreas. Até porque estou em uma exemplar: o que tem de jornalista que escreve sobre História…
E pode-se até dizer que é culpa do não reconhecimento da profissão de historiador, mas acho que isso também se deve a nós mesmos, historiadores, que não soubemos ocupar o espaço: enquanto nos dedicarmos apenas às discussões acadêmicas (que são muito importantes, mas não podem servir para isolar-nos do mundo), Peninha & cia. serão “autoridades” para o grande público, que não tem o hábito de ler obras voltadas para a academia.
O Estado capitalista tem um caráter de classe mto claro. Por algum tempo alguns revisionistas e reformistas chegaram a negar essa obviedade.
Para a infelicidade desses a roda da História seguiu girando. A atuação dos Estados capitalistas na crise econômica ñ deixa dúvidas sobre o caráter de classe do Estado capitalista e a quem serve suas instituições!
E chega ao ponto do governo dos EUA ser dono de uma montadora de carros!
A propósito, o novo documentário do Michael Moore (que eu postei o trailer ontem), sobre a crise, deve ser sensacional!
Se dependesse dos “homens de bem” de direita do Brasil, não tenho nenhuma dúvida que a Anistia Internacional não existiria. Este povo adora uma crueldade contra os fracos.
Não existiria nem Anistia Internacional, nem qualquer defesa dos direitos humanos. Afinal, “direitos humanos é defender bandido”, dizem os “homens de bem”…